ISSN 2178-499X
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IV Tarde de trabalhos do CIEN Brasil – Trauma e real: o que as crianças inventam?

by cien_digital in Cien Digital #16, Eventos

IV Tarde de trabalhos do CIEN Brasil

Na época atual, as práticas com crianças e adolescentes tendem a privilegiar a prevenção e o controle, visando evitar acontecimentos “traumáticos”. Dá-se ênfase ao maltrato, abandono e abuso, em que a criança é vítima, deixando-se, em segundo plano, as respostas singulares que cada uma pode constituir face ao real.

Muitas vezes, o controle dos efeitos produzidos por tais acontecimentos se faz por meio de protocolos e prescrições de condutas previamente estabelecidas, com o intuito de eliminar o mal-estar do vivido. Assim, seja no âmbito do jurídico, da saúde ou da educação, crianças e jovens, restam apagadas pela dimensão do acontecido e sumariamente identificados apenas por diagnósticos.

Ora, para Lacan, acontecimento externo e trauma são radicalmente distintos. Um acontecimento pode adquirir valor de trauma, mas isso depende da maneira como é subjetivado e da resposta pulsional. Sabe-se que um mesmo acontecimento repercute diferentemente em sujeitos diferentes. Para a psicanálise, no que concerne ao real, não há previsibilidade possível, o que funda para o ser falante a exigência de ter que se virar com a contingência e inventar os laços que o sustentem.

O CIEN aposta nas invenções singulares que as crianças e adolescentes constituem para responder ao real do gozo. Se a irrupção de um real está atrelada à surpresa, pode-se dizer que a aposta do dispositivo da conversação, nos laboratórios, implica em possibilitar a passagem da surpresa do impasse – ou seja, aquilo que não cessa de não se escrever –, ao encontro com a contingência de uma invenção, que traga a marca do cessa de não se escrever. Neste ponto, é fundamental que os adultos acolham e propiciem as invenções, que tornam possível à criança, uma a uma, um laço com o social.

A formação do analista faz-se necessária para que o dispositivo da conversação interdisciplinar se constitua em espaço de expressão do desejo e da singularidade, capaz de fazer vacilar saberes e significados impostos pelo discurso do mestre contemporâneo. Assim, a prática interdisciplinar do CIEN pode preservar o furo no simbólico, uma das versões do trauma, sob a forma de um “não saber”, como a boa maneira de se orientar pelo real.

Na IV tarde dos trabalhos do CIEN “Trauma e real: o que as crianças inventam?” esperamos colher “surpresas” de diferentes ordens, que apontam para diferentes formas de considerar o real em jogo.

Eixos temáticos:

  • Do impossível do impasse à contingência da invenção: as invenções das crianças e dos adolescentes;
  • Da surpresa do impasse à surpresa da invenção: as novas leituras das equipes interdisciplinares;
  • A formação do analista e a conversação interdisciplinar;
  • Da normatização à invenção: os impasses contemporâneos.

Envio dos trabalhos: até 20 de setembro, para brasil.cien@gmail.com.
Cada comunicação deverá conter até 4000 caracteres (com espaços), fonte Times New Roman, corpo 12.

Informações e inscrições: ipsmmg@institutopsicanalise-mg.com.br e brasil.cien@gmail.com

Valor da inscrição: R$ 40,00 (Inscrição CIEN + NRCereda R$ 85,00)

Comissão de Orientação e Coordenação CIEN–Brasil: Nohemi Brown (Coordenadora Geral), Lucíola Macedo, Rodrigo Lyra, Miguel Antunes e Maria do Rosário do Rego Barros.

Comissão Organizadora: Mônica Campos, Miguel Antunes, Lucíola Macedo, Janaína Dornas e Nohemi Brown.

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VII Jornada Internacional do CIEN – Crianças Saturadas

by cien_digital in Cien Digital #17, Eventos

VII Jornada Internacional do CIEN • Crianças Saturadas

Argumento

Nossa Jornada Internacional do CIEN terá por tema Crianças saturadas. O título já remete ao excesso ao qual muitas crianças e adolescentes encontram-se submetidos na atualidade. Saturados, fartos, saciados, termos que indicam a satisfação, mas levada até o fastio.

Na atualidade podemos constatar que, apesar de as crianças e os adolescentes ganharem novos espaços em diferentes áreas dos saberes e práticas, tais como o Direito, muitas das vezes, no afã de protegê-los, terminam por submetê-los a saberes e práticas que acrescentam um plus, algo a mais. Um exemplo foi o recente e acalorado debate sobre a chamada comida Junk food. Considerada prejudicial para a saúde dos pequenos pelo alto teor de açúcar, sódio e gorduras saturadas, foram objeto de dois Projetos de Lei na Assembleia Legislativa de São Paulo, que pretendiam limitar os horários de veiculação de propagandas de junk food, como também, proibirem a distribuição de brinquedos associados aos alimentos. Porém, além de regular a publicidade, deveriam incluir advertências dirigidas sobre os males da obesidade infantil.

Podemos dizer que as formas de saturação são múltiplas e diversas. As crianças parecem saturadas por saberes, por ofertas, por demandas, por medicamentos, por gadgets e pelas imagens que deles proliferam, numa profusão nunca antes vista. Paradoxalmente, frente a esse excesso, elas encontram-se sozinhas, entediadas e desorientadas. Muitas vezes, as telas e as drogas tornam-se um recurso fácil e imediato frente à angústia, ao mal-estar e à solidão. As crianças e adolescentes, tão solitários quanto desorientados, passam muito tempo na internet e diante das telas, dos games e da televisão. A tela que conecta é a mesma que pode distanciar. Trata-se de uma infância negligenciada, onde as telas passam a se ocupar das crianças, instalando uma relação de dependência  que a criança encontrará novamente na adolescência, através da oferta de objetos de todo tipo, por um mercado cada vez mais agressivo e em franca expansão. (LAURENT, E., “A crise do controle da infância” In. Crianças falam! E têm o que dizer, 2013, p. 38).

Assim, a solidão da criança e do adolescente não provém apenas de famílias “desestruturadas”, de situações de carência, de crise ou de doença. Ela se produz na própria relação que a criança estabelece com seus objetos, perturbando, inevitavelmente, o laço com os outros. Aos objetos de satisfação imediata ou objetos de gozo, como dizemos em psicanálise, entre os quais se incluem as telas e as drogas (e também os medicamentos), se agregam diferentes campos de saberes e, inclusive, as demandas sem fim relacionadas ao que pretensamente se deveria esperar de uma criança.

Uma vez mais, a proposta CIEN se coloca no olho deste furacão, assumindo o desafio de abordar tais impasses contemporâneos em espaços institucionais interdisciplinares. Uma prática que, através do dispositivo da conversação, permita produzir interrogações para dar um lugar mais digno aos modos de resposta, sempre únicos, de cada criança ou adolescente. Para que não fiquem reduzidos a meros objetos de consumo e de saberes, e se abra a via de um desejo e de uma invenção própria. O que podemos extrair da prática do CIEN para pensarmos tais questões atuais e seus impasses? O que nos ensinam as crianças e adolescentes através de suas pequenas invenções quando, nas instituições, lhes oferecemos a palavra?

Mais do que respostas, este argumento propõe perguntas para que cada laboratório possa compartilhar e, a partir do trabalho conjunto, transmitir os efeitos de suas experiências, tanto aquelas realizadas no âmbito das conversações com as equipes interdisciplinares, quanto as que se realizam com as crianças e os adolescentes.

Eixos temáticos:

  • Crianças e adolescentes saturados por imagens;
  • Crianças e adolescentes saturados por saberes e práticas;
  • Crianças e adolescentes saturados por drogas lícitas (medicações) e ilícitas;
  • Crianças e adolescentes saturados por demandas.

JORNADA INTERNACIONAL DO CIEN • CRIANÇAS SATURADAS
World Trade Center – São Paulo – SP
03 de setembro de 2015 – quinta-feira
Horário: 12h a 17h30.

Convidado: Miquel Bassols

Informações:  brasilcien@gmail.com

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V Manhã de trabalhos do CIEN Brasil: Solidão e Laço na adolescência

by cien_digital in Cien digital #20, Eventos

V Manhã de Trabalhos do CIEN-Brasil: Solidão e Laço na Adolescência

Argumento

Solidão e Laço. Dois termos opostos, antinômicos. Um, negativo; outro, salutar. Não, não foi essa visada que levou o CIEN a elegê-los como tema de nosso próximo encontro.

Dentre os muitos paradoxos da experiência humana que a psicanálise ajuda a abordar, esse talvez seja o mais crucial para a adolescência: um bom laço só é possível quando respeita e sabe acolher a solidão de um jovem. As ideias, sensações e experiências corporais que parecem radicalmente estranhas ao social são, ao mesmo tempo, a bússola de nossa aventura na vida.

Um laço sem solidão equivale ao anonimato na multidão, ao apagamento do brilho e da criatividade juvenis. A solidão sem laço, por outro lado, é a perdição, o desamparo, o flerte com o fim da vida.

Esses dois polos da experiência adolescente são certamente bem conhecidos de todo aquele que desejou escutar a juventude.

Como escapar deles? Que cruzamentos entre solidão e laço são possíveis para os jovens? Como ajudá-los a inventar um bom encontro se sua vida tornou a tarefa especialmente difícil?

Fundado na psicanálise de orientação lacaniana, mas ao mesmo tempo destinado a explorar suas fronteiras, o CIEN se dedica ao trabalho com jovens fora do terreno da clínica. É desses ambientes heterodoxos que teremos notícias na Manhã de trabalhos do CIEN-Brasil.

Das Conversações realizadas com jovens e com equipes interdisciplinares dedicadas a trabalhar com eles, chegarão desafios e soluções contemporâneos. Os Laboratórios do CIEN foram convocados a partilhar e debater aquilo que têm garimpado sobre os seguintes eixos temáticos:

  1. Como as novas tecnologias e as redes sociais impactam a costura entre solidão e laço?
  2. Que usos e desusos das línguas têm sido inventados pelos jovens na tessitura de seus laços e na tradução de sua solidão?
  3. Como a adolescência cria e experimenta as novas permissões e exigências destinadas aos corpos?

Esperamos vocês para discutir esses temas, apaixonantes e fundamentais para nosso tempo.


Envio dos trabalhos

Aguardamos a experiência dos laboratórios do CIEN até o dia 15 de outubro, para o e-mail brasil.cien@gmail.com.

Cada comunicação deverá conter até 6000 caracteres, incluindo espaços e notas, na fonte Times New Roman, tamanho 12.

  • Comissão de coordenação e orientação do CIEN-Brasil: Nohemí Brown (Coord. Geral), Lucíola Macedo e Rodrigo Lyra
  • Comissão adjunta: Paola Salinas (Coord.), Mônica Campos, Mônica Hage e Vânia Gomes
  • Comissão da equipe de mídias: Miguel Antunes (Coord.)

Orientações para Inscrição:

  1. Valor: R$ 60,00
  2. Realizar depósito identificado na conta:
    • Banco Itaú
    • Ag.: 4540
    • Conta Corrente: 02333-2
    • CNPJ: 02.804.439/0001-00 (se precisar)
  3. Enviar ao e-mail brasil.cien@gmail.com:
    • Comprovante de depósito
    • Nome Completo
    • Instituição/Vínculo (professor,estudante, etc.)
  4. Sua inscrição será confirmada por e-mail.
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CONVERSAÇÃO INTERNACIONAL DO CIEN-Americano “Os laços sociais e suas transformações” 12 de setembro de 2017

by cien_digital in Cien digital #21, Eventos

Argumento

“O porvir dos laços sociais” foi explorado pelo CIEN há mais de uma década, em 2003, dada a dificuldade em construir pontes, laços de suporte e intercâmbio entre adultos, jovens e crianças em um mundo desagregado, disperso, múltiplo. A aposta do CIEN foi então: apontar àquilo que pudesse permanecer como função Outro, a partir da qual a criança pudesse se servir de seus próprios esforços e na companhia de alguns outros que encontrasse no caminho.

A preocupação pelo efeito segregativo e diruptivo que os discursos normatizantes produzem, habita o seio do CIEN desde a sua fundação, há pouco mais de 20 anos, em Buenos Aires, a partir de uma iniciativa de Jacques-Alain Miller. A primeira Jornada Internacional do CIEN, em 1998, em Barcelona, dedicou-se d´ “A Clínica frente à segregação”. A segunda em Buenos Aires em 2000, ao abordar “Por trás das Normas – o detalhe”, abriu espaço para ver de que modo as crianças, os adolescentes e os diferentes profissionais se arranjam com os impasses destes saberes que, de mãos dadas com a ciência e a técnica –e empurrados pela exigência oferecida pelo mercado de que tudo é possível–, frequentmente contribuem para arrasar aquilo que se apresenta como original ou diferente, esmagando o desejo.

Em jornadas posteriores, houve precisões sobre a incidência da cultura do instantâneo nos laços, e a resposta dos jovens que se fecham para…

Isso nos leva a postular se, atualmente, aquilo que em dado momento explorávamos sob a idéia de agrupamentos a partir de modos de gozo compartilhados, foi substituído hoje por uma modalidade de laço que se apoia em grande medida nas diversas redes sociais, onde é difícil desprender-se da idéia de que ali impera a mais paradoxal solidão – por exemplo, o snapchat.
Esses laços, então, estão tomando novas formas, sobretudo com a hiperconectividade e a realidade aumentada, cada vez mais incorporada à vida cotidiana. Que tipo de ligação é a hiperligação [hyperlink]? Isto se apresenta como aporia, pois onde poderiamos supor uma ligação mais estreita, acaba se traduzindo em uma crescente dispersão e multiplicação.

Na comunicação, o mal-entendido da linguagem se contrapõe ao afã de uma “perfeita” literalidade –cuja impossibilidade mergulha os sujeitos em uma angústia cada vez maior.

Desvela-se, portanto, um efeito sinistro que advém da realidade virtual, que faz naufragar o amparo que provem do campo da realidade propria de cada um, a ficção que chamamos de fantasia.
Existe, por um lado, um empuxo a manter-se conectado o tempo todo a esta realidade virtual. Isto se verifica em todos os âmbitos da vida cotidiana, onde blackmirrors tornam-se companheiros inseparáveis. A linguagem se transforma à luz destes novos objetos, que ganham “vida” com sua insistência em fazer-se “ouvir”, “olhar”, “ler”. É incessante, quer dizer, isso não cessa. Existe ali o efeito de um sem corte nessas comunicações, onde a implicação do corpo fica em suspenso.

Como se imiscui tudo isso nos diversos campos institucionais? Tomemos por exemplo o campo do Direito, onde o empuxo midiático faz oposição à mediação simbólica buscada nas mãos da lei.
A ciência da saúde também está cada vez mais infiltrada pelo uso das telas –nos estudos por imagens– e nas “consultas” que prescindem da presença do “corpo” do paciente, pela foto digital enviada por um familiar ao celular do médico que diagnostica e indica tratamento pela mesma via.

E, o que podemos dizer do campo pedagógico? Trata-se de um terreno com ambiguidades. Por quê? Porque, por um lado, há um “uso” legítimo que as crianças e os jovens podem fazer das redes e telas ao serem incorporadas como meios para a relação com o saber.

Por outro lado, nesse mesmo ponto encontramos que essa sujeição incesante a esse modo de laço subtrai a necessidade do corpo para encarnar uma relação com o saber. Isto se torna complexo de tratar e de situar no âmbito escolar, onde ainda se convoca à participação de um sujeito desejante, de carne e osso, para a aprendizagem, que envolve as crianças e os adolescentes, mas também aos profissionais que os recebem.

Isto reabre questões nos diversos praticantes que alimentam os laboratórios do CIEN, dispostos a interrogar o que não sabemos, o que não entendemos, o que se apresenta como reflexões paradoxais, que requerem a abordagem e a elucidação daquilo que enlaça as crianças e os jovens, justamente ali onde em diversas ocasiões constatamos que o corpo –não só a dimensão da palavra– é afetado por essas novas formas.

Assim, propomos conversar sobre as invenções das crianças e dos adolescentes não tanto contra os efeitos do novo, mas sim com o uso que estes dão ao novo: novas formas de “dizer”, de “fazer”, de gozar, de viver. Qual novidade implica o uso da palavra nas redes? Como o corpo participa disso?

Tradução: Vania Gomes
Revisão: Nohemí Brown

 


Argumento da Jornada Internacional do CIEN “ O futuro dos laços sociais”, realizada em Buenos Aires em 20 de setembro de 2003. Publicado no Caderno 5 do CIEN, novembro de 2004.
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Chamada para Evento – Argumento

by cien_digital in Cien Digital #22, Eventos

Comissão de coordenação e orientação do CIEN-Brasil: Paola Salinas (Coord. Geral), Mônica Campos Silva, Mônica Hage e Vânia Gomes.

 

Em 2008 a Manhã de trabalhos do CIEN-Brasil teve como tema “A oferta da palavra hoje: quais as respostas do CIEN?”, indicando uma tendência generalizada no uso da fala como instrumento de transformação e ação. Em uma perspectiva utilitarista aliada à ciência, essa oferta da palavra foi tomada, no mundo, como instrumento de eficácia, buscando uma previsibilidade do sujeito e a produção de respostas pré-concebidas. Como consequência constatava-se que o mal-estar, o enigmático, inerente ao humano, não encontrava um lugar.

Frente a isso o CIEN se posicionava com “A oferta de dispositivos onde a palavra pudesse se tornar, pela forma como é escutada, um instrumento de criação de respostas e de abertura de caminhos inéditos – ou ainda, como indicou Judith Miller, o inconsciente pudesse no mundo contemporâneo, tornar-se audível”[1]. Isto é, que pudesse ter um lugar no discurso.

As conversações inter-disciplinares dos Laboratórios do CIEN, em seu trabalho ao longo destes anos, nos mostram não só os efeitos do encontro de diferentes pontos de vista, do que cada um pode se servir do outro, mas também do que colocamos em jogo quando falamos: os limites, as contradições, os pontos de ruptura e paradoxalmente… o que faz laço. Não se inserir na lógica da resposta padrão ou da normatização faz aparecer a diferença em seu sentido amplo e a singularidade como modo de solução ao impasse que ali se apresenta.

Dez anos depois, propomos nessa VI Manhã de Trabalhos do CIEN Brasil retomar essas questões: O que falar quer dizer? Buscando recolher nas experiências, entre as contradições dos efeitos de falar e do uso que se faz desse dizer, como os jovens e crianças se apresentam na sua singularidade? Qual a forma que cada um encontra para expressar suas diferenças em nossos dias e poder responsabilizar-se por elas? O que ouvimos dos seus dizeres, das suas invenções?

É possível apostar ainda hoje em uma boa forma de dizer, mesmo quando não há um discurso articulado para representar um sujeito? Ou seja, quando um lastro simbólico, social e afetivo vêm a faltar, deixando o sujeito sem um enganche que lhe permita representar-se ainda que pela oposição? Quais as consequências quando se retira essa aposta na palavra? O que a violência que se apresenta nas crianças hoje quer dizer?

A partir da prática dos Laboratórios, abordaremos os desafios e os recursos construídos em cada experiência do CIEN. Os testemunhos nos permitirão discutir sobre os seguintes eixos temáticos:

1- Em que apostamos quando propomos uma conversação do CIEN nos dias de hoje? Como reintroduzir o lugar da palavra e sua função? A partir do que se fala, quais os pontos de opacidade que se apresentam para cada um e os efeitos na fala que circula?

2- Singularidade e Diferença – A presença, em nossa época, de reações extremas diante da singularidade de cada um e seus diferentes modos de satisfação, nos faz perguntar sobre o ato e a palavra. Como cada criança e cada jovem pode constituir e sustentar seu lugar frente à intolerância? Como a violência nas crianças ou dirigidas a elas podem ser lidas?

Envio dos trabalhos
Aguardamos a experiência dos laboratórios do CIEN até o dia 15 de setembro, para o e-mail brasil.cien@gmail.com
Cada comunicação deverá conter até 6000 caracteres, incluindo espaços e notas, na fonte Times New Roman, tamanho 12.
Inscrições: www.encontrobrasileiro2018.com.br

 


[1] PITELLA, C.; TELLES, H.; REGO BARROS, M.R.C; PAVONE, T. (Comissão de Coordenação e do CIEN-Brasil 2007/2011). Apresentação da Manhã de trabalhos do CIEN-Brasil Cien Digital, n 5. Novembro de 2008, pg. 4.
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